Botafogo é o campeão das américas
Em partida épica na final de Libertadores, o Botafogo venceu o Atlético-MG, por 3 a 1, e se sagrou campeão da América pela primeira vez na História. Brasileiros se enfrentaram pela decisão do torneio continental neste sábado (30/11), no Monumental de Núñez, em Buenos Aires. Luiz Henrique, Alex Telles e Júnior Santos marcaram para o Glorioso, enquanto Vargas descontou para o Galo.
Como foi a partida?
O primeiro tempo foi de emoções do início ao fim e uma
montanha-russa de sentimentos para os torcedores de Atlético-MG e Botafogo.
Logo no primeiro tempo o duelo já protagonizou a expulsão mais rápida em finais
de Libertadores: Gregore disputou a bola com o pé alto e acertou a cabeça de
Fausto Vero, que caiu no gramado, aos 29 segundos de jogo. O cartão vermelho
foi mostrado pelo árbitro Facundo Tello a 1m4s.
Mas, pareceu que o Galo não contava com a vantagem
numérica para sair ao ataque. Mesmo com um jogador a mais, a equipe mineira não
apostou em intensidade ofensiva, apesar de ter mantido a posse da bola por
grande parte da primeira etapa. Por outro lado, o Glorioso não se abalou com a
perda do meio-campista e manteve o estilo de jogo: troca de passes e para
frente.
E foi assim que o time de Artur Jorge abriu o placar.
Luiz Henrique recebeu o passe de Almada pela esquerda, limpou a jogada e passou
para Marlon Freitas. Em rebote do chute do capitão, o camisa 7 bateu de
primeira para estufar as redes de Éverson. A torcida alvinegra não teve nem
tempo de terminar de comemorar. Cinco minutos depois, Luiz Henrique, novamente
ele, sofreu pênalti, derrubado pelo goleiro atleticano. Alex Telles fez o
segundo da marca da cal - o primeiro dele com a camisa do Botafogo. Euforia
absoluta da torcida alvinegra no setor Centenário no Monumental de Núñez.
Pela primeira vez um time foi para o intervalo com dois
gols de vantagem em final única de Libertadores.
No século XXI, só aconteceu em duas outras ocasiões: na
partida de ida entre LDU e Fluminense, em 2008 (4 x 1); e na de volta entre
Lanús e Grêmio, em 2017 (0 x 2).
Atrás no placar e com um jogador a mais, Gabriel Milito
voltou para o segundo tempo com mudanças que fizeram efeito de imediato para o
Atlético Mineiro. Ao som de 'eu acredito!', entoado pela torcida atleticana,
Vargas, que tinha entrado no lugar de Gustavo Scarpa, logo no primeiro minuto,[
diminuiu, de cabeça, após cobrança de escanteio certeira de Hulk. Além disso,
Bernard e Mariano substituíram Fausto Vera e Lyanco. O Galo mudou completamente
de postura e começou a atacar mais vezes e com mais perigo. Com Hulk no comando
ataque, a equipe empilhou chances para empatar a partida, mas também contou com
uma tarde inspirada do arqueiro John, do Botafogo.
Para quebrar o ritmo adversário, Artur Jorge mexeu no
time e trocou quase todo o quarteto ofensivo. Savarino, Luiz Henrique e Almada
saíram para as entradas de Marçal, Matheus Martins e Júnior Santos. O
Atlético-MG seguiu pressionando o Botafogo durante todo o resto da partida,
abusando dos cruzamentos na área e com Hulk desequelibrando, e Paulinho, Vargas
e Bernard, na velocidade.
A equipe carioca fez uma partida defensivamente perfeita,
para segurar a vantagem no placar. No último minuto, Júnior Santos aproveitou o
rebote na área para fazer 3 a 1, tornar-se artilheiro da competição, com dez
gols, e consagrar o Botafogo campeão da Libertadores de maneira inédita e com
mais um feito: pela primeira vez em final única do torneio, um clube ganhou o
título, vencendo por mais de um gol de diferença.
Em partida digna de decisão, do início ao fim, Botafogo e
Atlético-MG mostraram à América a qualidade do futebol brasileiro. A história
foi escrita nesta noite em Buenos Aires, e ela terminou com mais um campeão
inédito. A taça fica no Rio de Janeiro, que, agora, tem seus quatro grandes
clubes - Botafogo, Flamengo, Fluminense e Vasco - campeões da Libertadores.
Botafogo campeão das Américas pela primeira vez.
Com o site Lance
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